segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Entrevista Especial

Pois é, faltam menos de duas semanas para a nossa Noite de Gala!!! Estão todos muito ansiosos para conferir como ficará a montagem desse ano... Mas enquanto esse dia mágico não chega, trago para vocês uma matéria muito especial: uma entrevista com Lidiane Mendes, uma de nossas formandas que interpretará o papel principal do espetáculo "A Borralheira". Ela me contou sobre como ela se interessou pelo ballet, sua experiência ao interpretar papéis de grande importância e quais são os seus planos para o futuro.



Os Primeiros Passos
“Eu tenho uma irmã cinco anos mais velha que fazia dança. Ela praticou ballet por, mais ou menos, doze anos e depois parou. Mas mesmo com essa influência eu nunca me interessei. Eu gostava mais de outras coisas, como andar de skate, de patins, e na adolescência eu tive uma grande afinidade com o teatro. O ballet entrou na minha vida mesmo aos 20 anos. Nessa época eu estava na faculdade, 1º ano de Psicologia, e eu precisava fazer uma atividade física que não fosse muito pesada, foi quando uma amiga me sugeriu o ballet. Confesso que eu não tinha o perfil "bailarina", mas quando eu entrei na sala de aula e a música começou a tocar foi amor à primeira vista! Daquele dia em diante eu fui em frente e nunca mais quis sair. Eu comecei fazendo aula uma vez por semana, mas era muito pouco pra mim, eu queria fazer todos os dias! Foi quando eu vim pra escola da Tamara em 2010 e fui aumentando a minha carga horária. Mesmo quando eu não faço ou não dou aula, eu estou sempre dançando alguma coisa, ensaiando... Hoje eu simplesmente não consigo ver a minha vida sem o ballet, e não entra na minha cabeça o fato de que antes eu não dançava!”.

Tempo de Dançar...
“Se tem uma coisa que eu aprendi na minha jornada foi que o tempo da dança é muito relativo, pois o seu desenvolvimento depende do quanto você se dedica. Eu danço há 4 anos e sempre fiz muitas horas de aula, nas férias costumo fazer cursos intensivos, então eu consegui uma evolução mais rápida. Pela Royal eu estou no grade 8, no meio do ano que vem eu faço a prova final e ainda continuo meus estudos pra me tornar bailarina profissional, que é o chamado Vocacional.”

Juliana Machado, Camila Carvalho e Lidiane Mendes
Exame da Royal, 2012

O Primeiro Papel a Gente Nunca Esquece...
“Na Mostra Interna do ano passado eu decidi que eu iria dançar a Variação de Kitri, do pas de deux de Don Quixote, meu repertório preferido! Antes disso eu nunca tinha interpretado nenhum papel semelhante e posso dizer que foi muito difícil! Pra você ter ideia, eu comecei a ensaiar apenas dois meses antes, e hoje eu tenho a consciência de que não é assim, do dia para a noite. Meu corpo não estava preparado, e eu aprendi que pra se dançar qualquer papel de repertório você precisa estudar pelo menos um ano, e pra uma melhor adaptação os ensaios devem ter uma duração bem maior, com uma média de 6 meses. Eu me lembro que no dia apresentação eu estava muito nervosa, passava mil coisas ao mesmo tempo pela minha cabeça... em suma: Eu fiquei estática naquele momento! Depois que eu dancei, o comentário do júri foi: “Você podia ter sorrido!”. Mas apesar de toda tensão, eu também acabei me divertindo porque é assim mesmo. Quando você está pra entrar no palco vem aquele frio na barriga, aquele medo de esquecer tudo, mas depois que você entra a música te leva e aí é só alegria!!!”


Um Desafio Açucarado!
“A Fada do Açúcar foi meu primeiro papel em uma peça completa e o convite para interpretá-la veio justamente após eu ter dançado a Kitri na Mostra. Mas ao contrário de feliz eu fiquei mais nervosa ainda... Apesar de parecer simples, a coreografia é muito trabalhosa e bastante cansativa, são praticamente 12 minutos!!! Os ensaios foram bem estressantes, me deu muita câimbra, porque Fada exige muita força, muito sobe-desce, e pra mim foi bastante complicado. Na minha concepção, eu achava que por ser uma fada a coreografia era mais expansiva, a música mais alegre, e era totalmente o oposto do que eu pensava: uma música pequena, com passos pequenos... Eu realmente não entendia o porque. Ao ensaiar a variação eu me sentia muito limitada, e pra piorar a situação o feedback da Tamara durante os ensaios não estava sendo positivo. Acho que foi a soma de tudo isso que me fez pegar raiva desse papel... É simplesmente a variação que eu menos gosto de dançar! Mas quando chegou no dia da apresentação as coisas fluíram tão bem que ela ficou boquiaberta! Posso dizer que foi mágico, a gente não errou nada, foi perfeito! Mesmo com todos os acontecimentos, dançar esse repertório foi uma experiência incrível onde meu aprendizado e nível técnico evoluíram muito."


Lidiane Mendes como Fada do Açúcar e Rodrigo Rosa como Príncipe
O Quebra-Nozes - Noite de Gala, 2012

O Pas de Deux: Desafio em Dose Dupla!
“Acredito que a parte que eu mais gostei de dançar foi o pas de deux: a música é linda e a coreografia muito gostosa de dançar. Mas mesmo sendo melhor e menos dolorida que a variação, eu também enfrentei alguns contratempos... Eu e o Rodrigo éramos melhores amigos, fazíamos tudo juntos, todos os dias, e nós acabamos dançando esse pas de deux juntos. Só que quando você inicia um trabalho com alguém próximo você acaba tendo uma relação muito diferente. Tanto eu como ele temos um gênio muito forte, a divergência de opiniões era grande, e pra dançar um pas de deux tem que se ter confiança no partner, pois é uma relação muito íntima. Pra você ter ideia nós brigamos tanto em todos os ensaios que a Tamara chegou a falar assim pra mim: “Você tem que ficar quieta, bailarina não fala!!!”.  Esse ano nós vamos dançar juntos de novo e a gente entrou num acordo, porque no final é sempre tão divertido que não vale a pena brigar! Hoje a gente tem essa consciência de que “a união faz a força!”.”


Interpretando a Gata Borralheira
"Ao contrário do que aconteceu no Quebra-Nozes, eu estou amando fazer a Cinderella! Até porque hoje eu tenho uma outra consciência, meu corpo está mais preparado, e ao meu ver a música casa perfeitamente com a história e também com a coreografia. O bailarino sempre vai se destacar mais em alguma coisa, seja no balance (equilíbrio), na expressão, nos giros, nos saltos, no alongamento... o meu forte com certeza é o balance, e nas sequências coreográficas da Cinderella tem muito disso, esse papel acabou caindo como uma luva. Me identifiquei muito com esse ballet!"

Lidiane Mendes como Cinderella
Ensaio fotográfico para o espetáculo "A Borralheira"


Olhando para o Futuro...
"O meu repertório preferido com certeza é Don Quixote, e eu sonho em dançar a peça inteira como Kitri. Outro número que eu quero interpretar e que eu tenho ensaiado sempre que posso é o pas de deux "A Escrava e o Mercador", do ballet "O Corsário". Aprendi essa coreografia num curso que fiz nas férias de julho e me apaixonei por ela! Mas o meu grande desejo mesmo é aprender e poder interpretar todos os papéis de todas as peças que existem!!! Como mencionei, eu não consigo ver a minha vida sem o ballet e eu quero seguir adiante na minha formação pra que esse propósito de fato se concretize!"


Que história hein??? A vida de um bailarino é assim, cheia de altos e baixos, mas no fundo a certeza é uma só: o amor pela dança fala mais alto e é esse sentimento que nos impulsiona a alcançar nossos objetivos. 

Desejo que você Lidi consiga tudo o que deseja em sua vida... Quando te vi dançando no ano passado podia jurar que você começou quando criança. Você dança muito! Continue assim e vai chegar muito longe...

Grande abraço a todos pessoal!!!!

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Está Chegando a Hora!!!!

É pessoal... Foram meses de preparação! Como disse em uma das matérias que escrevi anteriormente, a montagem de um espetáculo dura o ano todo. São muitos os detalhes para que se possa entregar um trabalho de qualidade. E eis que o grande dia está chegando, estamos em contagem regressiva!
Mais alguns retoques e as portas estarão abertas para que todos possam prestigiar mais uma edição da nossa Noite de Gala!!!!


Estão todos mais que convidados!

domingo, 11 de novembro de 2012

Noite de Gala 2012 - A Borralheira

Depois do nosso passeio pela história das Noites de Gala do Studio Dança Tamara Lisa, eis que enfim chegamos ao tema do espetáculo desse ano! Ao contrário de 2011, para esse ano nós optamos por escolher apenas um tema, que como todos já sabem contará a história de Cinderella.

Com certeza esse é o conto de fadas mais popular de todos os tempos!!! Uma história universal que ganhou diversas adaptações, e que certamente muitos já viram/escutaram pelo menos alguma vez na vida. Mas diante desse fato surge um questionamento: Se todos conhecem a história de Cinderella, pra que então conhecer a história que é contada no ballet? Quando comentei com alguns alunos sobre a possibilidade de dar uma palestra no Studio sobre essa peça, a primeira pergunta que me fizeram foi exatamente essa!!! Mas posso garantir que tenho uma boa resposta para essa indagação...


Porque Conhecer a História Contada no Repertório?
Histórias infantis, como Cinderella, Branca de Neve e A Bela Adormecida, vem de períodos muito antigos, de uma época onde esses contos eram passados de uma geração a outra de forma oral: quando o pai passa para o filho, que passa para o neto, que passa para o bisneto... Só que durante esse processo geralmente acaba acontecendo uma coisa que eu costumo chamar de "efeito telefone sem fio". Assim como na brincadeira que leva esse nome, essas histórias começam sendo contadas de uma maneira e as mesmas acabam sofrendo modificações no decorrer do caminho. Talvez por isso existam tantas leituras diferentes... Só pra vocês terem ideia, a versão mais antiga de Cinderella vem da China Imperial, datada do ano de 860 a.C.! E como todos sabem, as adaptações não pararam por aí... Os livros de Charles Perrault e dos Irmãos Grimm, os muitos filmes produzidos como Para Sempre Cinderella (versão épica com Drew Barrymore) e A Nova Cinderella (versão atualizada da história com Hilary Duff), a versão produzida para o seriado de TV Contos de Fada (exibido pela TV Cultura, costuma ser reprisada de tempos em tempos), e claro, a animação de Walt Disney, que certamente é adaptação a mais lembrada pela grande maioria...

Aliás Disney acabou se tornando um referencial no quesito "Contos de Fada", tanto que quando se fala em um ballet baseado em histórias infantis tem-se a crença que existe alguma ligação entre os dois.
No caso de "A Bela Adormecida" existe sim uma ligação com o ballet: a música!!! Walt Disney foi um verdadeiro gênio ao conseguir transportar a música de Tchaikovsky para o desenho, fazendo um belo resumo da obra.
Mas e Cinderella? Ao contrário do que muitos acreditam, não existe nenhuma ligação entre a versão animada o ballet, nem musical e nem na história. Ambas versões seguem por caminhos bem diferentes...

Voltando a nossa questão inicial, vocês já conseguem entender o porque de conhecer a história de Cinderella que é contada no ballet??? Assim como nas mídias populares (cinema e TV), o meio clássico também encontrou sua própria maneira de contar histórias como essa, incluindo detalhes que não estamos acostumados a ouvir nas versões tradicionais. Por isso apesar de ser um conto de fadas super conhecido, cada adaptação pode nos reservar grandes surpresas!!!


Origens Históricas
Não pensem vocês que surgiu logo de cara uma montagem de Cinderella que fizesse sucesso... Foram várias as tentativas! Segundo minhas pesquisa, uma das versões mais antiga data do ano de 1822, coreografada por Fernando Sor. Mais tarde, em 1871, Julius Reisinger, o mesmo responsável pela primeira produção de "O Lago dos Cisnes", criou uma versão em 5 atos para Cinderella. Dizem que Tchaikovsky teria começado a compor para esta montagem, porém essa informação nunca foi confirmada. O verdadeiro responsável pela música da obra foi um compositor alemão chamado Wilhelm Carl Mühldorfer. A produção de Reisinger não deu certo, assim como outros trabalhos que veio a realizar posteriormente. Em 1893, Marius Petipa em parceria com os coreógrafos Enrico Cecchetti e Lev Ivanov criaram uma nova versão de Cinderella em 3 atos (como nos moldes atuais), com partitura do barão Boris Fitinhoff-Schell. Apesar de ter criado várias peças de sucesso, a Cinderella de Petipa acabou indo na contra-mão e logo caiu no esquecimento...
No ano de 1901, início do século XX, Johann Strauss compôs uma nova versão para Cinderella, também em 3 atos, e ela foi utilizada em várias montagens diferentes pela Europa. Essa partitura sobrevive até os dias de hoje, e ainda é usada em algumas versões como a do Ballet Nacional de Cuba, com coreografia de Alícia Alonso, e do ballet da Ópera de Viena, com coreografia de Renato Zanella.
Mas a partitura que veio mesmo pra ficar e finalmente consagrar Cinderella como Ballet veio do estilo peculiar de Sergei Prokofiev, que aliada a produção idealizada pelo coreógrafo Rostislav Zakharov fizeram dessa versão, lançada em 1945 no Teatro Bolshoi de Moscou, um verdadeiro sucesso! Tamanha fama fez com que a obra rodasse o mundo e chegasse na mão de diversos coreógrafos, que ficaram encantados com a beleza da música, e sentiram a vontade de criar suas próprias versões. Foi assim que surgiram as diversas leituras que conhecemos hoje:
- Frederick Ashton, criada em 1964 para o Royal Ballet
- Rudolf Nureyev, criada em 1986 para a Ópera de Paris. Ele mudou completamente a ambientação da história, trazendo para o início da década de 1930 nos Estados Unidos. Cinderella aqui é retratada como uma aspirante a atriz de cinema, o príncipe como um galã de Hollywood, a fada madrinha é um mágico produtor de cinema e o baile em um grande teste para escolher a mocinha do próximo filme.
- Heinz Spoerli, criada em 2000. Produção oficial do Zurich Ballet.
- Alexei Ratmansky, criada em 2002. Produção oficial do Kirov Ballet/Mariinsky Ballet.
- David Bintley criada em 2010 para o Birmingham Royal Ballet.

Com essas e outras tantas montagens que foram aparecendo, a produção original de Zakharov acabou se perdendo com tempo. Os únicos registros que tem base nessa coreografia são os DVDs de 1960 e 1985, ambos com o Bolshoi. As duas montagens mencionadas tem revisão coreográfica de Konstantin Sergeyev.

Cinderella - The Bolshoi Ballet, 1960
Com Raisa Struchkova e Genadi Lediakh


O Nascimento da Borralheira: Remontando o Repertório
Como já foi dito na matéria anterior, remontar um repertório é sempre um grande desafio, e com Cinderella não seria diferente... A nossa maior base será clássica, com base na obra de Prokofiev. Mas em virtude termos escolhido apenas 1 tema, outras modalidades da escola também entrarão na dança, e por esse motivo achamos justo alterar o título para "A Borralheira".
O grande diferencial do ballet em relação aos contos tradicionais é que Cinderella ganha um ar cômico. Tanto a madrasta como as duas irmãs passam de bruxas da história para personagens muito espalhafatosas e que se acham perfeitas em tudo, quando na realidade é totalmente o oposto. Elas pensam tanto em si mesmas que o resto não importa... Já a protagonista tem a personalidade que todos já conhecem: ela é gentil, generosa, sonhadora, tem um enorme sentimento de gratidão e acima de tudo, ela crê nas boas ações sem esperar nada em troca. Coisa meio rara nos dias hoje...
E um detalhe muito interessante que ocorre logo no começo do primeiro ato nos mostra muito bem esse contraste de personalidades: a aparição de uma mendiga pedindo ajuda. Já dá pra imaginar o que vai acontecer... A madrasta nega na cara dura e as irmãs ficam caçoando da pobre senhora e a expulsam de sua casa. Somente Cinderella tem compaixão e oferece a ela um pedaço de pão. A senhora fica muito agradecida e retira.
Em seguida entra em cena um grupo de mercadores que traz diversos apetrechos para que as irmãs possam ir ao baile. Em nossa montagem, esses mercadores serão divididos em dois grupos: as estilistas (Clássico Livre I) e as cabeleireiras (Jazz Juvenil e Adulto). Logo depois, um professor de ballet tenta ensinar as irmãs a dançar... Vendo que elas não tem muito jeito pra coisa, a madrasta parte com as filhas para o baile assim mesmo, e deixam Cinderella para trás. Sozinha em casa, ela começa a imaginar como seria estar no palácio, dançando entre os convidados e se divertindo... e eis que no meio de seus devaneios surge novamente a velha mendiga, que lhe revela ser a sua fada madrinha. Por Cinderella ter demonstrado ser uma pessoa generosa, ela lhe dá um presente muito especial: um belo par de sapatos de cristal.
É nessa parte que entram em cena as Fiandeiras (Grades II, III e IV), que ajudam Cinderella a se preparar para o baile. E acompanhando a fada madrinha surgem as fadas das quatro estações ano, que também presenteiam Cinderella: As fadas da primavera lhe dão um buquê de flores, as fadas do verão, um vestido, as fadas do outono, uma capa, e as fadas do inverno, uma coroa e jóias diversas. Ela fica muito agradecida, mas a fada madrinha lhe dá o alerta: à meia-noite a magia termina e tudo voltará a ser o que era antes. O primeiro ato termina com ida de Cinderella para o baile com toda pompa em uma bela carruagem.


No segundo ato acontece o baile no palácio do príncipe, e nessa parte outro contraste de personalidades muito interessante nos é apresentado. Enquanto a madrasta e suas filhas querem chamar a atenção de todos, especialmente do príncipe, Cinderella vai ao baile sem nenhum tipo de "segundas intensões". Ao chegar, ela fica encantada com a beleza do lugar, como se tudo aquilo fosse um sonho, e então começa a dançar sem se preocupar com nada. O príncipe fica encantado com ela, mas não somente por sua beleza. Ele estava tão acostumado a ser bajulado o dia todo, que ver alguém com uma conduta tão diferente do que estava acostumado a presenciar chama a sua atenção. Ele procura por Cinderella a todo momento, e quando ficam a sós o príncipe declara o seu amor. Mas o quando o baile atinge o auge, eis que soa a meia-noite, dança que será representada pela turma do Contemporâneo. A jovem sai correndo a fim de que ninguém descobrisse sua verdadeira identidade, e na confusão acaba perdendo um de seus sapatos. O príncipe o encontra na escadaria e declara que quem conseguir calçá-lo será a sua noiva.

No terceiro e último ato, o príncipe parte a procura de sua amada, e primeiramente ele conversa com os sapateiros do reino, a fim de que algum deles pudesse lhe dar alguma pista sobre a jovem misteriosa por quem se apaixonara. Mas nenhum deles soube dar qualquer informação, afinal nunca haviam fabricado um sapato em tamanho tão pequeno e muito menos em um material tão frágil como o cristal. Decido a não desistir, ele visita diversas moças do reino, entre elas uma princesa espanhola e uma princesa oriental (geralmente chinesa ou indiana), mas sem sucesso.
Enquanto isso, Cinderella desperta na manhã seguinte se recordando de tudo o que vivera na noite anterior. Ela se perguntava se havia sido sonho ou realidade, mas ao perceber que um dos sapatos de cristal ficou com ela, Cinderella se ajoelha e agradece a fada madrinha por ter recebido tal presente. Ela esconde o sapato a fim de que ninguém descubra o seu segredo. Em seguida as irmãs entram em cena, e ficam contando vantagens para cima de Cinderella, dizendo que o baile foi maravilhoso e que foi uma pena ela não ter ido... enfim, aquela atitude típica de uma criança mimada: "eu fuuui, você não foooi".
A madrasta interrompe o falatório pra avisar as filhas sobre a chegada do príncipe. Elas se aprontam para recebê-lo e ficam ansiosas para experimentar o tão falado sapatinho de cristal, mas nem as irmãs e nem mesmo a madrasta conseguem calçá-lo. Quando estava prestes a ir embora, o príncipe vê Cinderella e pede pra que ela também experimente o sapato, que serve perfeitamente! Cinderella abraça as irmãs e a madrasta e parte com o príncipe rumo ao seu destino. A Fada Madrinha aparece acompanhada das floristas para abençoar o casal, e no fim, como em todo bom conto de fadas, eles vivem felizes para sempre!

Curiosos para ver como vai ficar a adaptação desse maravilhoso conto de fadas em nossa montagem? Então aguardamos vocês no dia 9 de dezembro, às 19:30 no Teatro Brigadeiro!

Grande abraço pessoal!!!!